Proteção contra raios: o que diz a NBR 5419

Ao aplicar corretamente a norma, engenheiros e instaladores garantem:

• Segurança das pessoas e do patrimônio;
• Redução de riscos elétricos e de danos por sobretensão;
• Maior confiabilidade nas instalações elétricas;
• Conformidade legal e técnica exigida por seguradoras e órgãos fiscalizadores.

A norma é dividida em quatro partes principais, que abordam desde os princípios teóricos até a proteção prática das instalações:

• Parte 1 — Princípios gerais:

• Parte 2 — Gerenciamento de risco:

•  Parte 3 — Requisitos de projeto e instalação do SPDA:

• Parte 4 — Proteção de sistemas elétricos e eletrônicos:

O SPDA é formado por um conjunto de elementos interligados que trabalham juntos para captar, conduzir e dissipar a energia elétrica dos raios de maneira segura.

Entre seus principais componentes estão:

• Captores (para-raios) – recebem diretamente a descarga atmosférica.
• Condutores de descida – conduzem a corrente até o solo.
• Sistemas de aterramento – dissipam a energia na terra, evitando choques e danos.
• Condutores de interligação e equipotencialização – equalizam as tensões entre estruturas metálicas e sistemas elétricos.
• Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) – protegem equipamentos eletrônicos internos contra picos de tensão.

A norma deve ser seguida por todos os profissionais envolvidos em projetos elétricos e de construção civil — engenheiros, técnicos, eletricistas, arquitetos e gestores de manutenção.

Ela é indispensável em:

• Edifícios residenciais e comerciais;
• Indústrias e centros logísticos;
• Hospitais e clínicas;
• Escolas e instituições públicas;
• Torres de telecomunicação e subestações elétricas.

Implementar um sistema de proteção eficaz exige planejamento técnico e conhecimento da norma. Para garantir a eficiência do SPDA, é importante:

• Realizar avaliações de risco completas antes do projeto;
• Selecionar materiais certificados e resistentes à corrosão;
• Garantir a conexão correta dos condutores e o dimensionamento do aterramento;
• Efetuar manutenções periódicas, com inspeções visuais e medições de resistência elétrica;
• Evitar improvisações ou adaptações sem respaldo técnico.

Esses cuidados asseguram que o sistema permaneça confiável mesmo após anos de operação e exposição às intempéries.

Erros comuns que comprometem a eficácia do SPDA incluem:

• Subestimar o risco e dispensar o sistema de proteção;
• Utilizar materiais fora de norma ou de baixa qualidade;
• Ignorar a manutenção periódica do sistema;
• Falhar na instalação dos DPS ou na equipotencialização adequada.

Adotar as diretrizes da norma traz benefícios diretos:

•  Segurança total para pessoas, equipamentos e estruturas;
• Prevenção de incêndios e surtos elétricos;
• Conformidade técnica e legal com exigências de seguradoras e órgãos reguladores;
•  Maior confiabilidade e durabilidade das instalações elétricas;
•  Redução de custos com manutenção corretiva e reposição de equipamentos.